quinta-feira, abril 06, 2006

 

MARIA

A minha mãe chama-se Maria.
* * * *
Faleceu na passada terça-feira, dia quatro de Abril, às quatro horas da madrugada.
* * * *
Um lado racional diz que foi melhor assim, que aquilo não era viver, que se lhe acabou o sofrimento, ...
Acaba por ser consensual. Mais ao menos pacífico.

Um lado emocional dói, sente uma carência.
Um buraco no estômago, por onde muito se esvai, a alma encolhida, apertada por uma força oculta, o horizonte tornado um mar cinzento de mágoa.

Nesse percurso interior e desértico, a solidariedade dos amigos ergue-se como uma ilha azul no meio da desolação da paisagem.

Por isso, a todos quero agradecer emocionadamente, as manifestações de carinho e apoio que tenho recebido nestes últimos dias.
Nestas latitudes o calor do abraço ganha fulgor maior.

A minha Mãe estará sempre comigo, é claro.

Aos Amigos poderei dizer que partilhar é pertencer.
Entre-existir, ao fim e ao cabo ...
Obrigado a todos e um grande abraço.

Croca

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