sábado, abril 29, 2006

 
Secção Desportiva:
A parceria Luis Carlos / Manuel Martins ficou em segundo lugar no torneio de sueca organizado pelo Grupo " Os Indefectíveis". Nas declarações que se seguiram à final do torneio, depois da sessão de fotografias, um dos jogadores vencidos comentou: "Ainda bem que não ficámos em primeiro lugar porque não tinha espaço lá em casa para pôr a taça".

Cantiga:
Minha vida que pareces muito calma, tem segredos que eu não posso revelar, escondidos bem no fundo da minha alma, nem transparece no meu olhar. Uma voz que vive sempre a sós comigo, uma voz que eu escuto com fervor, escolheu meu coração p'ra seu abrigo e dele fez um roseiral em flor.
A ninguém revelarei o meu segredo e nem direi quem é o meu amor.

Caetano - 1932

sexta-feira, abril 28, 2006

 


Powered by Castpost

quinta-feira, abril 27, 2006

 














("Espero que nunca nos venham libertar!")
Cartoon de Clay Bennett

terça-feira, abril 25, 2006

 

25 de Abril

Painel de Azulejos de Luis Guerreiro
Caros amigos, apesar de tudo o que esta classe política desde o 25 de Abril de 1974, até agora tem feito para desprestigiar e disvirtuar a Revolução, os ideais da Liberdade terão de ser preservados.
Nesta epóca tenebrosa em que as tentativas de cortar a nossa Liberdade Individual, parecem mais que nunca na ordem do dia, mais teremos de lutar pelos valores libertários da Revolução !
E quais são os valores da revolução? perguntei eu.
A Paz, o Pão, Habitação, Saúde, Educação, Mobilidade, Comunicação e, é claro, a Lusofonia !
Saudações Libertárias e Pacifistas do Luís Cruz Guerreiro e Luis Carlos dos Santos.

sábado, abril 22, 2006

 
Arte de viver:

Passada a ponte pascal reencontro o meu amigo Jorge e digo-lhe que, afinal, quanto mais livre me sinto, menos tempo livre tenho.
Tal e qual, diz-me ele, ser livre é ter todo o tempo do mundo.
luis

Canção:

A liberdade está a passar por aqui,
Maré Alta.
sérgio godinho


 

 

Mãos

Na linguagem das mãos vislumbramos mundos interiores interpretando os sentidos das cores do nosso ser. Observando a sua dança independente elas podem dizer-nos como está quem as tem. Suadas ou quietas, abertas, tensas ou irrequietas ás vezes fechadas, cerradas ou escondidas, outras vezes tocando, segurando, agarrando, arranhando ou acariciando, elas coçam, sacodem, trabalham ou dormem, quentes ou frias, sujas ou limpas, bem tratadas ou calejadas, disponiveis ou fugidias, timidas ou extrovertidas, amantes e sensuais, rispidas ou agressivas, enfim, mãos são almas.

Rui

sexta-feira, abril 21, 2006

 

As Viagens

"Até dos Descobrimentos ficaram mais as viagens do que o resto. Enquanto as outras grandes potências aproveitaram a sua permanência colonial (ficaram com muitas coisas porque souberam ficar), os Portugueses foram mais de viajar do que de permanecer, mais de descobrir do que aproveitar. Para as outras potências, viajar era simplesmente uma maneira de chegar ao que se queria. Para os Portugueses viajar era já em grande parte o que se queria. Estou a exagerar? Deixá-lo. Por alguma razão a imaginação portuguesa contemporânea se revela incapaz de reter a ideia dos séculos de império português (um império é uma coisa concreta e chata que se vai fazendo e que fica) e se entretém a sonhar infinitamente com os minutos maravilhosos das viagens e dos descobrimentos. É por isso que Pessoa disse o que disse: português era o mar.
Mais ninguém queria o mar só por si, só por ser mar."

Miguel Esteves Cardoso, in "Os Meus Problemas"

 

Isabel as tuas costas sardentas são tal e qual o mapa do céu que se estende defronte da minha varanda.

Bar Quebra Mar, ontem
luis

 

Indios Mehinaku

"Nós somos do tronco dos Aruak, mas nós não escolhemos o nome Mehinaku, esse nome vem de muito tempo. O Deus que fez a gente. Os dois gêmeos: o Sol e a Lua. Primeiro fez a flecha e daí transformou em gente. Atirou vários tipos de flecha: negro, loiro, branco, amarelo. Aí ele escolheu cada nome de tribo e colocou uma língua. Vocês são aquele pauzinho bem branquinho.O índio é flecha emplumada. Aí o Deus colocou língua, comida e ofereceu água quente, que o branco bebeu, mas o índio, nosso avô, não aceitou. Como o seu avó branco aceitou tomar água quente, ele ganhou espingarda. O índio aceitou outras coisas: cinto, colar, o arco, a flecha. Todas essas coisas que nós temos hoje."

Parque Nacional do Xingu, na região Amazönica do Brasil





quinta-feira, abril 20, 2006

 

 

pirlimpimpim

Entra por essa porta agora
você tem meia hora
p'ra mudar a minha vida
vem, vá embora
porquê o tempo leva

ainda tem o seu perfume pela casa
ainda tem o seu cheiro
dentro de um livro
na noite feroz...



terça-feira, abril 18, 2006

 

Ele é meu amigo

Bom é poder contar com um amigo
é bom saber que não estamos sós,
meu amigo
Ele é meu amigo, eu sei
o seu segredo é meu segredo
a gente avança e não tem medo

cada um tão no seu canto
um conto que se ama tanto
uma conta que não mais acaba
um amor à solta que não se guarda

e chega sempre um tempo
dias e dias trazem o momento
uma conversa que se quer mansa
uns versos que se trocam a olhar

o que sai mal por falta de jeito
é amor que sobra por dentro do peito
se Ele nada quer, eu nada peço em troca
ninguém consegue parar esse amor

e vem sempre a hora
da despedida
de alguém que vai embora
da nossa vida

meu amigo
Ele é meu amigo, eu sei
bom é saber que não estamos sós
é bom poder contar com um amigo

(traduzindo da forma como me chegou numa certa noite o Roberto Carlos, o rei da MPB, dizem...
Também procurando um produto multimédia, de uma música, filme, fotografia, e quem sabe, depois talvez se exponha e se recite...)

segunda-feira, abril 17, 2006

 

Tocadora de concertina



Powered by Castpost

 
.........................Tocadora de concertina (61/50) - Luis Delgado


"Passas-te no meu jardim logo as flores se inquietaram
que duma espera sem fim em esperança se transformaram

Tocadora de concertina tuas vozes soam longe
meu coração de menino ficou preso a partir de hoje

E se acaso não voltares adora-me o meu retrato
nele está espelhado o rosto dum coração namorado

Leva-me sempre contigo que eu ainda sou pequenino
adora-me o meu retrato nas costas da concertina"

Poesia de Vitorino aqui adaptada para versão masculina de uma das músicas mais bonitas do nosso repertório nacional, um tema cuja composição considero sublime tanto pela inspirada orquestração como pela excelente interpretação de Filipa Pais e sobretudo pela evolução da sua melodia que parecendo simples se desenvolve de forma extremamente bela. Depois, entregues ao nosso imaginário individual, surgem as inevitáveis projecções e vindo da letra de uma canção de tom aparentemente infantil podemos sentir todas as emoções que hoje nos tocam numa especie de re-actualização das experiencias infantis (a criança que há em nós). Todos temos a nossa tocadora de concertina seja ela real ou desejada e creio que tê-la é mesmo o essencial. Por aqui ficam desde já um belo quadro a óleo sobre Ela e uma musica que, se quiserem ouvir, podem fazê-lo clicando no leitor em cima.

Rui

 

Kantigas do Brasil

Amanhecia no mar alto da paixão
Dava para ver o mundo ruir
Cadê você, que solidão
Ninguém sabe o que eu sofri

Amar é um deserto em seus temores
Nada que vai dar certo nessas dores
Não sabe que amar é mais do que uma dor?

etc.

(Djavan)

 
Dor de cotovelo
O ciúme dói nos cotovelos
na raiz dos cabelos
gela a sola dos pés
faz os músculos ficarem moles
e o estômago vão
e sem fome
dói da flor da pele ao pó do osso
rói do cóccix até ao pescoço
acende uma luz branca em seu umbigo
você ama o inimigo
e se torna inimigo do amor
o ciúme dói do leito à margem
dói pra fora na paisagem
arde ao sol do fim do dia
corre pelas veias na ramagem
atravessa a voz e a melodia
Poema de Caetano Veloso

sábado, abril 15, 2006

 
HIV

Powered by Castpost

sexta-feira, abril 14, 2006

 

Barco Cacilheiro


 
Esperança


Powered by Castpost
Leveza, simplicidade, beleza

quinta-feira, abril 13, 2006

 
"Aprendi hoje muito, ainda tenho de aprender muito. Tenho de aprender com a criança que nos encantou com a sua dança. Floriu nela amor quando viu um par de namorados ao cair do dia. Uma onda prematura, um pressentimento belo e temeroso do prazer percorreu o sangue desta criança, e ela começou a dançar, uma vez que ainda não pode amar. Também eu tenho de aprender a dançar, tenho de transformar em música a volúpia, a sensualidade em prece. Então poderei amar sempre, então não serei obrigado a repetir inutilmente o que já foi. É este o caminho que quero seguir."
(c. de 1924)
HESSE, Herman - Ainda da Felicidade. Algés: Ed. Difel, 2005.

quarta-feira, abril 12, 2006

 

Estes publicitários...!!!

Vale quase tudo para roubar a clientela a outros. Mas, quando se liga seriedade com o humor, há sempre aqueles que não acham muita graça e outros que pensam no assunto com um sorriso nos lábios.
Vejam lá se não é o caso desta inovadora publicidade.

http://www.accessibleairwaves.org/viewnew/

 

A Cidade de Todas as Cores

Muitas brincadeiras de crianças
e muitas danças
uma festa na floresta
exporádica e permanente, naturalmente
e um restaurante em forma de elefante
donde sai uma marginal em espiral
com repuxes, frondosas árvores e pombas
transportes eléctricos e alados
e ninfas
pelos prados, pelas rochas, pelas nascentes
assim tipo uma península
de luz manifesta em arcos-íris
e, por isso, uma cidade de muitas cores
que para simplificar
costumamos chamar de Ilha dos Amores.

(poema inspirado pela Figueira da Foz)

luis

terça-feira, abril 11, 2006

 

A Primavera

Nesta altura do ano os campos vestem-se de cores e odores como se a Terra fosse alegremente dançar numa festa

domingo, abril 09, 2006

 

Erro no Sitemeter



Depois de cerca de um mês de observação, chegámos à conclusão de que existe um engano no Sitemeter deste blog, não no nº de visitas mas sim no nº de IP e localização do visitante.
Como somos cinco usuários (NetVisão, NetCabo e Sapo) e todos os dias visitamos o blog, deveríamos ver no Location, como aconteceu no primeiro mês, os registos do local aonde vivemos, Moita-Setúbal. No entanto isso não acontece, sendo a localização dos vários usuários substituida pela mesma morada: Cabo-Santarém, com o nº de IP 84.90.246.#
Apelamos aos responsáveis do Sitemeter, ou mesmo do Blogger, para que corrijam o erro, de forma a continuarem a afirmar o excelente trabalho que até aqui vinham fazendo.

 


O melhor o tempo esconde

longe muito longe

mas bem dentro aqui...

e uma estrela sempre a luzir.

( Caetano Veloso, Cinema Transcendental (?) )


sábado, abril 08, 2006

 

Um outro porto


Já tantas vezes parti com vontade de ficar
já tantas vezes fiquei com desejo de voltar
já tantas vezes quis regressar e fiquei
quem sabe passos decisivos que nunca dei,
agora chega

Vivi a pensar em ir embora
deixar tudo, largar tudo, e que era lá
o lugar do sonho, da alegria, da vitória
areias de uma praia onde faria a minha história,
já não tem sentido

Afinal a história não era minha
se existe um lugar porquê tanta procura
se podemos ir por dentro porquê ir por fora
se está tudo tão sereno para quê ir embora,
o meu lugar é aqui

Se podemos estar sempre a chegar para quê partir?



 

A Paz num Olhar


sexta-feira, abril 07, 2006

 

O Fim dos Empregos

Nos próximos anos, novas e mais sofisticadas tecnologias na área da informática aproximarão cada vez mais as sociedades mundiais de um "mundo sem trabalhadores". Redefinir a falta de trabalho deverá ser a questão social mais premente deste século.

Enquanto para alguns um mundo sem trabalho se traduzirá, sobretudo, em liberdade e tempo livre, para outros evoca a ideia de um futuro sombrio com desemprego e pobreza generalizada.

Novas instituições estão a ser criadas pelas pessoas para suprir necessidades que não estão a ser atendidas pelo mercado, ou pelo sector público. E isto se verifica por todo o mundo.

(in, RIFKIN, Jeremy - O Fim dos Empregos. São Paulo: Ed. Milton Mira de Assumpção Filho, 1995).

 

Kantiga do dia...

(...)
Se Deus quiser
um dia morro bem velho
depois na hora de florir no jardim
na Primavera
vou brotar da terra
e tomar banho de sol, banho de sol
sol

Baila comigo...

(mais ou menos, Rita Lee)

quinta-feira, abril 06, 2006

 
.............................. Casas com igreja- Gargantada (60x70) - Luis Delgado

Planando seguem as almas na constante vigilia dos ecos que brotando das memórias
nos permitem permanecer para além do tempo. Planando na paz que adormecendo sobre a exaltação do real, se conformam transformando-se em transcendencias essenciais, sejam casas, ruas, árvores ou igrejas, pessoas, sonhos.

Uma canção de Caetano

"... parada a mente na ideologia e o corpo não agia..."

O sol já ganhou o horizonte.

Sabe-se que não volta atrás. Há-de pôr-se, mais logo, para renascer logo a seguir.

A aldeia parece deserta.

Lilás...,

Há árvores lilases na paisagem.



 

MARIA

A minha mãe chama-se Maria.
* * * *
Faleceu na passada terça-feira, dia quatro de Abril, às quatro horas da madrugada.
* * * *
Um lado racional diz que foi melhor assim, que aquilo não era viver, que se lhe acabou o sofrimento, ...
Acaba por ser consensual. Mais ao menos pacífico.

Um lado emocional dói, sente uma carência.
Um buraco no estômago, por onde muito se esvai, a alma encolhida, apertada por uma força oculta, o horizonte tornado um mar cinzento de mágoa.

Nesse percurso interior e desértico, a solidariedade dos amigos ergue-se como uma ilha azul no meio da desolação da paisagem.

Por isso, a todos quero agradecer emocionadamente, as manifestações de carinho e apoio que tenho recebido nestes últimos dias.
Nestas latitudes o calor do abraço ganha fulgor maior.

A minha Mãe estará sempre comigo, é claro.

Aos Amigos poderei dizer que partilhar é pertencer.
Entre-existir, ao fim e ao cabo ...
Obrigado a todos e um grande abraço.

Croca

 
Pois bem, o que eu vejo daqui é o seguinte:

Potenciar o desenvolvimento artístico (o processo criativo), de modo a potencializar o desenvolvimento local.

Há liberdade e libertação,
há ocupação criativa em vez de trabalhos forçados,
disfrute comunitário no lugar de serviço político partidário,
construção de um ideal em troca de insegurança individual,
e, em vez, de só televisão a cores, iluminação das vias interiores.

Mas ainda há mais...

quarta-feira, abril 05, 2006

 

PARA UM AMIGO

Se me obrigassem a dizer porque a amava, sinto que a minha única resposta seria:
''Porque era ela, porque era eu''
O amor é uma alma com dois corpos.

Zeca

 
Amigo
ó meu amigo
olha que o tempo corre sempre sem parar

(luis e rui, 1944)

terça-feira, abril 04, 2006

 

Estamos tristes...

 

domingo, abril 02, 2006

 
Escola, do grego schole, (...) repouso, descanso; ocupação de quem se encontra em descanso; ocupação estudiosa, ocupação sábia, estudo; associação de cultura; etc.

(in, José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Lingua Portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte, 1990, 6ª edição)

luis

 
(...)
Mondadeiras do meu Minho
Ai, Mondadeiras do meu milho
Mondai o meu milho bem

Nâo olheis para o caminho
Ai, não olheis para o caminho
que a merenda já lá vem

(supostamente, e aldrabado como habitualmente, excerto de Milho Verde, do José Afonso)



sábado, abril 01, 2006

 
"Deus é sempre duplo: aquele que é, e aquele que eu entendo; a este chamo Cristo"

( Agostinho da Silva - em Reflexões, Aforismos e Paradoxos. Brasília: Thesaurus, 1999)

 

"I'm Free"


Post dedicado ao dia das mentiras. Foto de Tunick.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]

--> >