quinta-feira, maio 18, 2006

 

Teatro

Actas dos Almoços do Peixe Assado

Actores: um vendedor de automóveis, um músico, um professor e um jovem empreendedor.

3º acto - A gravata

Nós, os herdeiros dos "hippies", éramos absolutamente contra as gravatas. Mais amantes das flores e do viver em paz achávamos que as gravatas eram assim como parte de uma farda tradicional, conservadora, retrógrada, hostil à abertura dos espíritos...

Músico - No próximo fim-de-semana vamos tocar a um casamento. Vamos todos vestidos de igual, camisa preta e gravata vermelha, que é para não destoar e dar um bom cenário.

Vendedor - No meu trabalho a gravata é um imposição da administração. Para se trabalhar lá tem de se ter gravata. Estou farto. Já não compro mais gravatas. Quando se acabarem acabou-se. Só fico aí com duas que é para aquelas reuniões...

Jovem Empreendedor - Quando eu trabalhava na Lanalgo tinha de andar todo aperaltado, com fato e gravata. Foi por isso que me despedi. Cansei-me. Um dia cheguei ao trabalho, encalorado, tirei a gravata e vim-me embora.

Professor - Só usei gravata nos casamentos e nem em todos. E eu que julgava vestir assim para o simplório, um meu colega que é bastante conservador, mas que de vez em quando veste de ganga, virou-se para mim e disparou: "Porra, andas sempre todo vestido a dar para o "chic".

FIM

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