terça-feira, agosto 15, 2006
Superioridade?
Um belo dia enxofrei-me com uma pessoa amiga pela utilização que ela deu ao termo “Pessoal das barracas”.
Isto, porque se referiu a conhecidos comuns, denegrindo, que “pareciam pessoal das barracas”.
Borrifando-me como estou para os motivos, custa-me contudo ouvir comparar o que as “pessoas de bem” fazem de mal, como seja uma discussão familiar em plena praça pública, com seres humanos que, vivem em barracas por não possuírem condições económicas para viver melhor.
É triste vivermos numa sociedade em que, as pessoas são catalogadas consoante o nível de vida que conseguem ter, consoante a viatura que conduzem ou o “título” que lhes é atribuído.
Viver em barracas é sinónimo de pobreza, de mau estar, de uma vida de sofrimento.
O “Pessoal das barracas” vive dessa forma porque, a riqueza que é produzida se encontra mal distribuída. Porque uns, os “espertos”, têm acesso a tudo, desde Escolas Privadas até à Saúde. O „Pessoal das Barracas“ não têm nada, muitas vezes nem um emprego como Servente de Obras ou Cantoneiro de limpeza.
São pessoas que, se portam “menos bem” em relação ao modo de comportamento instituído pela mesma sociedade, que, como uma sociedade esclavagista, leva à sua existência, pois não lhes é dada a oportunidade de estudarem, de terem um emprego onde aufiram um ordenado condigno, onde tenham acesso a condições de vida também elas condignas.
O “Pessoal das Barracas” vive de trabalho árduo que, muitos de nós não queremos, como seja as obras, as limpezas dos espaços frequentados pelos que os desconsideram, da pesca onde muitas vezes arriscam a vida. São explorados por gente sem escrúpulos que nem descontos para a segurança social lhes efectuam, trabalhando muitas das vezes mais de 10/12 horas por dia.
São SERES HUMANOS resignados à sua má sorte, que não dependerá só deles mas que, são eles que sofrem na pele.
Ninguém tem o direito de se considerar superior seja a quem for, por única e simplesmente usufruir de melhores condições de vida, de melhor educação, de “status”.
Dado que, segundo consta, os extremos tocam-se, no outro lado da corda temos o JET7 nacional.
Apesar de alguns “Jetsetianos” terem o intestino ligado directamente ao Cérebro, consideram-se “Ídolos” porque vivem de expedientes, de aparecerem em festas para petiscarem e serem vistos, aparecerem em revistas, alguns deles pagando para tal.
É gente que, tentam aparentar ter uma vida “superior” mas que, os únicos valores que apregoam são a vaidade e a inveja.
Esses sim, que aparecem em publico, nas revistas cor-de-rosa, falando mal uns dos outros, acusando-se mutuamente e discutindo em praça pública pormenores como as plásticas efectuadas, os amantes que tiveram, quantas vezes têm sexo por ano, a quantidade de Botox que utilizam, são mentes vazias e onde não existe qualquer tipo de sentimento, seja de solidariedade e/ou entreajuda, ou mesmo o respeito pelo próximo.
Carlos Gonçalves,
Alhos Vedros.
Isto, porque se referiu a conhecidos comuns, denegrindo, que “pareciam pessoal das barracas”.
Borrifando-me como estou para os motivos, custa-me contudo ouvir comparar o que as “pessoas de bem” fazem de mal, como seja uma discussão familiar em plena praça pública, com seres humanos que, vivem em barracas por não possuírem condições económicas para viver melhor.
É triste vivermos numa sociedade em que, as pessoas são catalogadas consoante o nível de vida que conseguem ter, consoante a viatura que conduzem ou o “título” que lhes é atribuído.
Viver em barracas é sinónimo de pobreza, de mau estar, de uma vida de sofrimento.
O “Pessoal das barracas” vive dessa forma porque, a riqueza que é produzida se encontra mal distribuída. Porque uns, os “espertos”, têm acesso a tudo, desde Escolas Privadas até à Saúde. O „Pessoal das Barracas“ não têm nada, muitas vezes nem um emprego como Servente de Obras ou Cantoneiro de limpeza.
São pessoas que, se portam “menos bem” em relação ao modo de comportamento instituído pela mesma sociedade, que, como uma sociedade esclavagista, leva à sua existência, pois não lhes é dada a oportunidade de estudarem, de terem um emprego onde aufiram um ordenado condigno, onde tenham acesso a condições de vida também elas condignas.
O “Pessoal das Barracas” vive de trabalho árduo que, muitos de nós não queremos, como seja as obras, as limpezas dos espaços frequentados pelos que os desconsideram, da pesca onde muitas vezes arriscam a vida. São explorados por gente sem escrúpulos que nem descontos para a segurança social lhes efectuam, trabalhando muitas das vezes mais de 10/12 horas por dia.
São SERES HUMANOS resignados à sua má sorte, que não dependerá só deles mas que, são eles que sofrem na pele.
Ninguém tem o direito de se considerar superior seja a quem for, por única e simplesmente usufruir de melhores condições de vida, de melhor educação, de “status”.
Dado que, segundo consta, os extremos tocam-se, no outro lado da corda temos o JET7 nacional.
Apesar de alguns “Jetsetianos” terem o intestino ligado directamente ao Cérebro, consideram-se “Ídolos” porque vivem de expedientes, de aparecerem em festas para petiscarem e serem vistos, aparecerem em revistas, alguns deles pagando para tal.
É gente que, tentam aparentar ter uma vida “superior” mas que, os únicos valores que apregoam são a vaidade e a inveja.
Esses sim, que aparecem em publico, nas revistas cor-de-rosa, falando mal uns dos outros, acusando-se mutuamente e discutindo em praça pública pormenores como as plásticas efectuadas, os amantes que tiveram, quantas vezes têm sexo por ano, a quantidade de Botox que utilizam, são mentes vazias e onde não existe qualquer tipo de sentimento, seja de solidariedade e/ou entreajuda, ou mesmo o respeito pelo próximo.
Carlos Gonçalves,
Alhos Vedros.
Comentários:
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Cá está, conforme prometido, o texto na íntegra e ainda com um acrescento inédito pelo autor, no remate final do texto.
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