quinta-feira, janeiro 24, 2008
Julgo que vem a propósito ( se não vier corrijam-me ) escrever um texto elaborar uma mensagem , que nos fala da grandiosidade e longevidade da Alma colectiva ..., da nação Portuguesa : Para tal socorro-me do espirito do capitulo de um livro , de Rainer Dachnhardt , com o Titulo : ( AS ORIGENS DE PORTUGAL E O SENTIDO DE LUSITANIDADE ) , o que vou apresentar não passa de uma síntese , que pode pecar por defeito , ao não expor textualmente , o capitulo referido , escrito pelo autor , mas sim por sintese propria .
O sentimento da nacionalidade , de nação , pátria , é lógico para qualquer humano com respeito pelos seus antepassados e berço de origem , incompreendido por estrategas desenraizados que dividem países em mapas ou os submetem a organizações gigantescas , cujos interesses e alvos não condizem com a vontade dos seus habitantes .
Quando estes se levantam em autodefesa escrevem história . Não no sentido de conquistas gloriosas , mas como defensores da sua família ou nação .
Foi esse o sentir de Viriato , ao não acatar a submissão da Lusitânia ao Império Romano .
Portugal , criado no século XII , nove vezes secular , é filho da milenária Lusitânia , repositório das nossas origens , foi aqui que tudo começou . Foi do pó , do amor , do suor e sangue derramados nesta terra , que a identidade Portuguesa se levantou , se expandiu e se fixou .
O pequeno rectângulo ,mais ocidental da Europa , foi porto de chegada de muitos povos , que migraram nesta direcção durante milénios consecutivos .
Sabemos da existência de seres que consideramos humanos na nossa região , que nos antecedem em duzentos mil anos . Deixaram provas da sua existência e temos que os considerar como nossos antepassados .
Podemos verificar a evolução destes primeiros habitantes , no espaço hoje denominado Portugal , pelas armas e ferramentas que nos deixaram . Desde os primeiros indícios da utilização de pedras talhadas pelo homem e de chifres de veado transformados .
Eram contemporâneos de culturas evoluídas da Mesopotâmia e do Egipto , e em relação a estas , muito mais simples . Mas atingiram uma cultura dolménica de tão grande envergadura que nos deixaram em Portugal cerca de dez mil monumentos megalíticos , que datam entre o 6 º e o 2 º milénio antes de Cristo , e bastante mais antigos que as Pirâmides do Egipto .
Mover pedras de uma dezenas de toneladas ou mais , orientá-las de forma que a sua posição indique pormenores precisos , sobre estrelas , planetas ou seus trabantes , alguns impossíveis de ver a olho nu , ainda hoje se torna difícil de explicar .
A Lusitânia ocupava uma grande parte do território português , parte substancial da estremadura espanhola , a zona de Salamanca e Merida .
Não sabemos os nomes dos primeiros habitantes da Lusitanea , mas sabemos que os Iberos provenientes do Norte de África , se instalaram na Península no segundo milénio antes de Cristo dando-lhe o nome de Ibéria . Estes Iberios foram classificados por alguns historiadores como possivelmente , descendentes do Ibero-ebero-hebreu , uma das perdidas tribos que saíram do Egipto na época de Moisés . Também é possível que este tenha sido o nome da sua Pátria inicial , porque um dos povos submetidos aos faraós Egípcios foi o povo da ‘’ antiga Ibéria ‘’, oriundos da encosta do Caucaso , onde mais tarde se formou a Arménia .
Durante o 1 º milénio antes de Cristo , deram-se diversas invasões de povos nórdicos , de origem Celta nomeadamente nos séculos X ,VII , VI e V . A partir dessa época passou a classificar-se os povos da península que com eles se tinham misturado como ‘ Celtibericos‘’ a quem os Lusitanos pertenciam .
Desde o segundo século antes de Cristo , sofreram as invasões Romanas : Nos séculos V , VI e VII depois de Cristo , sofreram a invasão dos Suevos , Vândalos e Visigodos .
Os Lusitanos misturaram-se com todos eles e quando se da a entrada árabe na península no século VIII já não se pode falar em povo Lusitano , mas sim na formação de uma nova cultura denominada '‘ moçárabe ‘’ que inclui Cristãos , Judeus e Muçulmanos que vivem harmoniosamente .
Quando D . Afonso Henriques conquistou o poder e liderou a formação de Portugal como nova nação , expulsou os Califados Árabes que se tinham apoderado da zona da antiga Lusitânia . Encontrou um país parcialmente Cristão com uma população resultante da mistura de todos os povos que aqui deixaram a sua marca .
Talvez desta forma se explique a universalidade do português , a génese da grandiosidade da sua alma individual e colectiva .
Um abraço
Freixo
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