quarta-feira, outubro 22, 2008

 
O carrinho eléctrico deslizava lentamente no estreito caminho de alcatrão que serpenteava entre os vastos relvados do jardim, enfeitado por palmeiras, acácias, faias, arbustos e flores. Sentado dentro dele uma criança irradiava a beleza do seu contentamento, falava e sorria familiarmente para o adulto que caminhava à sua frente entre os variados matizes de verdes e castanhos, com o espelho do rio calmo no fundo a reflectir as nuvens brancas.

Atrás deles caminhava outra criança acompanhada por um homem que lhe chamava a atenção apontando para um bando de flamingos que voavam em direcção a uma língua de lodo que a maré ao vazar ia descobrindo, onde pousaram delicadamente começando logo a procurar com o bico o alimento que ali havia.

Mas a criança não ligava a nada daquilo. Ela caminhava com a insatisfação e o desejo estampados no rosto enquanto puxava pelo tecido das calças do adulto na altura do joelho. Nem os bandos de pássaros que numa algazarra de chilreios disputavam um lugar para passar a noite, nem o variado colorido dos equipamentos das muitas pessoas que no final da tarde procuravam o prazer de praticar desporto ou simplesmente caminhar entre a natureza, nem mesmo alguns cães que se perseguiam velozmente sobre a relva, distraíam a criança dos seus intentos.

Com as faces avermelhadas pela emoção e com as lágrimas a pingar do queixo ouviu-se a sua voz angustiada trazida por uma rabanada de vento que levantou as folhas acastanhadas naquele soalheiro dia de outono: "Compra-me um carrinho daqueles!!". 

O adulto pegou na criança ao colo e enquanto se afastava depressa daquele local ia tentando confortá-la com expressões carinhosas e sorrisos de afectividade. Ainda era muito cedo para lhe ensinar que é o desejo de ter, exacerbado pelas sedutoras técnicas de oferta, que empobrece o ser conduzindo-o às vezes a uma dependência material acima das suas posses. "Pode ser que o pai te ofereça um no Natal".


quinta-feira, outubro 16, 2008

 


No alto da escarpa íngreme
Frente às muralhas do castelo
Contemplas vago o oceano
Ouvindo o marejar das ondas

Barcos que partem ondulantes
Lembram-te aventuras de outrora
Sofrido caminho das Indias
Abrindo rotas Imperiais inesperadas

E voltaste de novo aqui
Onde o cheiro do mar invade
As estreitas ruas de calçada

Mais que o símbolo em bronze
Pensamento brilhando nas cores
Saudades da Ilha dos Amores


Sines 25/09/08

 

O Banquinho



Com mãos de artesão criaste um dia um pequeno banco de criança.
Empalhaste-o sólida e cuidadosamente, pintaste-o de uma cor bonita e ofereceste-mo.
Ainda hoje lá está em casa e quando olho para ele revivo os meus tempos de criança, o primeiro dia na escola paga com o banquinho numa mão e a ardósia na outra, o riso dos meus filhos e de outras crianças sentadas no pequeno banco feito à medida para elas.
Foi concerteza feito com o amor genuíno que se tem por crianças e por isso o significado dessa pequena prenda evoca a tua imagem carinhosa.
De vez em quando um menino senta-se nele e sorri e eu digo-lhe: "Sabes, foi uma oferta do meu padrinho."

terça-feira, junho 17, 2008

 

Caetano Veloso - Luz do Sol


sexta-feira, fevereiro 29, 2008

 

Listz/Evgeny Kissin - La Campanella


domingo, fevereiro 03, 2008

 

Sem Lágrimas



quinta-feira, janeiro 24, 2008

 


Julgo que vem a propósito ( se não vier corrijam-me ) escrever um texto elaborar uma mensagem , que nos fala da grandiosidade e longevidade da Alma colectiva ..., da nação Portuguesa : Para tal socorro-me do espirito do capitulo de um livro , de Rainer Dachnhardt , com o Titulo : ( AS ORIGENS DE PORTUGAL E O SENTIDO DE LUSITANIDADE ) , o que vou apresentar não passa de uma síntese , que pode pecar por defeito , ao não expor textualmente , o capitulo referido , escrito pelo autor , mas sim por sintese propria .

O sentimento da nacionalidade , de nação , pátria , é lógico para qualquer humano com respeito pelos seus antepassados e berço de origem , incompreendido por estrategas desenraizados que dividem países em mapas ou os submetem a organizações gigantescas , cujos interesses e alvos não condizem com a vontade dos seus habitantes .

Quando estes se levantam em autodefesa escrevem história . Não no sentido de conquistas gloriosas , mas como defensores da sua família ou nação .

Foi esse o sentir de Viriato , ao não acatar a submissão da Lusitânia ao Império Romano .

Portugal , criado no século XII , nove vezes secular , é filho da milenária Lusitânia , repositório das nossas origens , foi aqui que tudo começou . Foi do pó , do amor , do suor e sangue derramados nesta terra , que a identidade Portuguesa se levantou , se expandiu e se fixou .

O pequeno rectângulo ,mais ocidental da Europa , foi porto de chegada de muitos povos , que migraram nesta direcção durante milénios consecutivos .

Sabemos da existência de seres que consideramos humanos na nossa região , que nos antecedem em duzentos mil anos . Deixaram provas da sua existência e temos que os considerar como nossos antepassados .

Podemos verificar a evolução destes primeiros habitantes , no espaço hoje denominado Portugal , pelas armas e ferramentas que nos deixaram . Desde os primeiros indícios da utilização de pedras talhadas pelo homem e de chifres de veado transformados .

Eram contemporâneos de culturas evoluídas da Mesopotâmia e do Egipto , e em relação a estas , muito mais simples . Mas atingiram uma cultura dolménica de tão grande envergadura que nos deixaram em Portugal cerca de dez mil monumentos megalíticos , que datam entre o 6 º e o 2 º milénio antes de Cristo , e bastante mais antigos que as Pirâmides do Egipto .

Mover pedras de uma dezenas de toneladas ou mais , orientá-las de forma que a sua posição indique pormenores precisos , sobre estrelas , planetas ou seus trabantes , alguns impossíveis de ver a olho nu , ainda hoje se torna difícil de explicar .

A Lusitânia ocupava uma grande parte do território português , parte substancial da estremadura espanhola , a zona de Salamanca e Merida .
Não sabemos os nomes dos primeiros habitantes da Lusitanea , mas sabemos que os Iberos provenientes do Norte de África , se instalaram na Península no segundo milénio antes de Cristo dando-lhe o nome de Ibéria . Estes Iberios foram classificados por alguns historiadores como possivelmente , descendentes do Ibero-ebero-hebreu , uma das perdidas tribos que saíram do Egipto na época de Moisés . Também é possível que este tenha sido o nome da sua Pátria inicial , porque um dos povos submetidos aos faraós Egípcios foi o povo da ‘’ antiga Ibéria ‘’, oriundos da encosta do Caucaso , onde mais tarde se formou a Arménia .

Durante o 1 º milénio antes de Cristo , deram-se diversas invasões de povos nórdicos , de origem Celta nomeadamente nos séculos X ,VII , VI e V . A partir dessa época passou a classificar-se os povos da península que com eles se tinham misturado como ‘ Celtibericos‘’ a quem os Lusitanos pertenciam .

Desde o segundo século antes de Cristo , sofreram as invasões Romanas : Nos séculos V , VI e VII depois de Cristo , sofreram a invasão dos Suevos , Vândalos e Visigodos .

Os Lusitanos misturaram-se com todos eles e quando se da a entrada árabe na península no século VIII já não se pode falar em povo Lusitano , mas sim na formação de uma nova cultura denominada '‘ moçárabe ‘’ que inclui Cristãos , Judeus e Muçulmanos que vivem harmoniosamente .

Quando D . Afonso Henriques conquistou o poder e liderou a formação de Portugal como nova nação , expulsou os Califados Árabes que se tinham apoderado da zona da antiga Lusitânia . Encontrou um país parcialmente Cristão com uma população resultante da mistura de todos os povos que aqui deixaram a sua marca .

Talvez desta forma se explique a universalidade do português , a génese da grandiosidade da sua alma individual e colectiva .

Um abraço

Freixo

quarta-feira, janeiro 16, 2008

 

Novo Olhar


quinta-feira, dezembro 13, 2007

 

A Grande Gargalhada

Era uma vez um Rei que tinha um grande problema no seu reino, o que o incomodava pois nem os seus conselheiros lhe achavam solução. Resolveu então chamar um velho eremita com fama de sábio e disse-lhe, "Sábio, gostava que registasses por escrito uma síntese de todo o teu conhecimento. Tens três anos para o fazer."
O sábio foi para a sua cabana donde raramente saía e começou a escrever com entusiasmo. À medida que o tempo passava e conforme ia revendo o texto já escrito, ia cortando e sintetizando. Passados os três anos foi chamado à corte onde entregou o trabalho final. O Rei olhou desconfiado para ele dizendo em ar de pergunta, "Só três folhas...?" "Sim Majestade, só aí está o que é deveras importante".
O Rei e os seus ministros leram e releram o texto mas não conseguiam entender a linguagem esotérica fruto do conhecimento humano primordial. Então pensaram que o eremita escrevia assim porque estava isolado com os seus livros sem conhecer outras realidades do mundo e decidiram propor-lhe outro desafio. "Durante mais três anos irás viajar pelo mundo, mas por favor completa-me esse texto de forma que se perceba" e doou-lhe uma pequena fortuna e completa liberdade.
Enquanto conhecia outros reinos e outros costumes, outras pessoas, paisagens e animais, o eremita não teve mais tempo para sintetizar pois estava num processo de aprendizagem mas ia tomando as suas notas para mais tarde analisar.
Quase no final do prazo, quando regressou, sentou-se no seu saudoso canto e meditou longamente na sua experiência. Na noite anterior à visita ao Rei, pegou na pena e numa única folha resumiu o seu conhecimento.
"O quê? Uma folha apenas?" disse o Rei intrigado. "Sim, Vossa Alteza. Conhecendo melhor o mundo exterior descobri que sei menos do que pensava."
Furioso, o Rei condenou o Eremita a ir viver para o mais alto cume do reino onde a vida era quase um milagre devido às rígidas condições existentes.
Os Nobres, os Artistas, os Escribas e outros, que ficaram com inveja da sorte do pobre eremita, através de anedotas, cantigas e histórias tinham ridicularizado a situação até que o Povo, que era uma das fortes variáveis do problema, ficou finalmente também a saber do caso.
Então, o reino explodiu numa gargalhada daquelas de orelha a orelha, pois todos achavam que o Rei tinha exagerado nos privilégios que dera ao Sábio e recebera muito pouco em troca.
O Rei e os seus ministros riam-se também porque o descontentamento social era o grande problema e o caricato episódio tinha afinal contribuído para o bem estar colectivo.

sábado, dezembro 08, 2007

 

A mente não sou eu


"La mente no es yo" Foto de Ricardo Germán Giorno

... eles chegaram e instalaram-se olhando ávidos como esponjas para a obra que ia sendo construída perante os seus olhos, mas apenas apanhavam as migalhas que até ali lhe tinham sido reveladas pois o resto da história nem sequer ele próprio sabia.
Cheio de paciência, esperança, curiosidade e confiança alheava-se desse facto e concentrava-se nas imagens que relampejavam na tela da sua mente ...

domingo, novembro 04, 2007

 

Ligação (Yoga)

Desde muito novo que sentia dentro de si algo de muito forte, um pressentimento que lhe ocupara inúmeras vezes a mente e que o fazia estar atento a todos os promenores da vida que o animava. Umas vezes o sentimento fora de desastre, de dúvida nos caminhos como se se dirigisse irremediavelmente para a catástrofe, outras vezes foi de vitória, sentindo o crescimento interior e a consolidação do amor e da criatividade na consciência.

Dos seus verdes anos até à idade madura sempre foi atraído pelas filosofias orientais e, qual virtual Vasco da Gama, foi descobrindo as ligações profundas com a India através dos livros de Lobsang Rampa, dos Hare Krishna, de Raja Yoga do Prof. Molinero, de Sidhartha de Herman Hess, de Maharishi pela mão do Eduardo, de Budismo com Rinpoche, Dalai Lama ou Paulo Borges, dos Upanishades, partes da Bíblia, do Taoismo, do Corão e dos Vedas, juntos com o gosto pelas Filosofias e Artes ocidentais. Assim, apesar de ser baptizado por igreja, e respeitar a validade de todos os caminhos para cima, via com alguma aversão a forma como ao longo dos tempos esta tinha protegido e colaborado com sistemas de injustiça, por isso procurou outras fontes para saciar a sua sede espiritual.

Através de um Amigo conheceu então o "Prontuário de Yoga Antigo" um livro técnico e prático que ensina uma linha de Yoga matriarcal, sensorial e desrepressora, com técnicas codificadas para atingir a plenitude pela qualidade da meditação, o que levou a que praticasse em casa seguindo as orientações da aula gravada e as fotos dos ásanas do mestre (DeRose) autor do livro.
Nos meses seguintes o seu corpo irradiava uma nova e saudável energia e a mente sorria de auto satisfação, sentindo que tinha encontrado algo muito familiar, talvez aquilo que sempre tinha pressentido.

Tudo isto determinou uma estética de pensamento e acção, essencialmente uma técnica psicossomática que lhe tinha servido de guia nos caminhos interiores e exteriores para o esclarecimento. Que mais haveria de procurar depois de tantos anos de ilusões e desilusões?

Quis então partilhar a sua feliz experiência e adquiriu alguns exemplares do livro oferecendo-os aos amigos mais chegados mas para eles foi apenas mais um livro pois tinham feito a procura deles, como é natural, por caminhos seus e, além disso a felicidade da realização não pode ser transmitida bem embalada com um lacinho prontinha a desfrutar.

terça-feira, outubro 30, 2007

 

Aprender Sempre


Aos 65 anos o conhecido cantor José Mário Branco voltou à Universidade e teve uma média de 19,1 valores no 1º ano, no ano lectivo de 2005/06 no curso de Linguística da Universidade de Lisboa. No ano passado, o compositor e cantor foi o melhor aluno desta universidade - já está no segundo ano -e foi agora um dos estudantes distinguidos com uma das Bolsas de Estudo por Mérito, atribuídas hoje na Reitoria da Universidade de Lisboa (UL). Teve a segunda melhor nota desta Cerimónia de Entrega das Bolsas de Mérito e de Louvor.

Etiquetas:


domingo, outubro 07, 2007

 

http://sonhadoremfulltime.blogspot.com/

quinta-feira, outubro 04, 2007

 

Vagueando



"Vagueagem" poema de jm com excerto de Messiaen

Etiquetas:


quarta-feira, setembro 05, 2007

 

A Tatuagem

"Ai!!","Aguenta, está quase!", "Calma aí, rapaz!" Os três jovens amigos acabavam de fazer a mesma tatuagem, um no braço esquerdo, outro no braço direito e o outro, que agora gritava, na zona lateral do tronco.
Influenciados pelas impressionantes obras de arte que muitos soldados regressados do ultramar exibiam nos seus corpos e até mesmo por triviais alusões como: "Sangue Suor e Lágrimas" ou "Amor de Mãe", eles resolveram meter mãos à obra e construiram a sua própria marca gravando-a no corpo.
Três agulhas atadas com uma linha e molhadas em tinta da china iam dolorosamente pontuando o desenho previamente feito a caneta.
A tatuagem, dois losangos concêntricos, tinha para eles o significado de uma infância vivida em comum e o projectar de uma contínua futura amizade.
"Abram a porta do quarto! O que é que vocês estão a fazer?" "Nada mãe." e saíram rapidamente para a rua.

sábado, julho 28, 2007

 

Câmaras Escondidas

O pequeno mundo das nanotecnologias permite construir objectos não visíveis sem ser com um bom microscópio. É o caso das nano-câmaras que começam a aparecer no mercado integradas nos utensílios do nosso dia a dia.


As câmaras vêm equipadas com wireless e um receptor à distância e algumas podem mesmo captar imagens na total escuridão.

Protecção da propriedade, roubos no trabalho, cuidados com as crianças, são os principais argumentos para a sua comercialização.

Na verdade já existe pelo menos uma empresa na Net onde é possível adquiri-las, integradas em qualquer destes objectos comuns que vemos nas fotos.

(Farto de brincar sózinho, o "big brother" passa-nos o brinquedo para as mãos e deixa-nos brincar também.)

terça-feira, setembro 05, 2006

 

Manifesto


Entre-Existir Project

Tanto quanto me parece, somos 5 amigos (x5) nascidos no espaço certo, no tempo certo, que por boas razões tantas vezes nos unimos, constituindo uma frente comum única, sobretudo artística, e que logo é também religiosa, cultural, social, económica e política, mas não partidária, com uma potencial extraordinária leveza...

Pois bem, o que eu vejo daqui que de mais interessante poderá advir no entre-existindo é o potenciar do desenvolvimento artístico (o processo criativo), de modo a potencializar o desenvolvimento local.
Há liberdade e libertação,
há ocupação criativa em vez de trabalhos forçados,
desfrute comunitário no lugar de serviço político partidário,
construção de um ideal em troca de insegurança individual,
e, em vez, de só televisão a cores, iluminação das vias interiores.
Mas ainda há mais...

Contei onze artistas da terra que já passaram pelo blogue, cinco coordenadores e seis convidados (vamos dizer assim...).
Entre os sectores artísticos constatamos que temos músicos (composição e execução), escritores (poesia e prosa), recitadores, pintores (tela, azulejo, bricolage, etc.), fotógrafos (analógicos e digitais) e, com um bocadinho de boa vontade, dá para ver "filmadores", "teatreiros", "científicos", "professores", "segura-dores" (!!!), etc., etc..
Será que se pode dar "um passo em frente..." com este tipo de gente?

. Pela Arte de Viver (material e espiritual)
. Pela Paz (interior e exterior)
. Pelo Desenvolvimento (local e global)

Síntese: Pela arte de viver, em paz, apostando no desenvolvimento/evolução, individual e colectivo, não nos esquecendo nunca da criança que em nós nasceu, como representação simbólica daquilo que nos é mais Sagrado.

Luís

quarta-feira, agosto 30, 2006

 

terça-feira, agosto 29, 2006

 

Sound of rocks - I can't feel no better



E ainda "Sand Fantasy" e "Tudo por Amor"

quarta-feira, agosto 23, 2006

 

domingo, agosto 20, 2006

 

terça-feira, agosto 15, 2006

 

Superioridade?

Um belo dia enxofrei-me com uma pessoa amiga pela utilização que ela deu ao termo “Pessoal das barracas”.
Isto, porque se referiu a conhecidos comuns, denegrindo, que “pareciam pessoal das barracas”.
Borrifando-me como estou para os motivos, custa-me contudo ouvir comparar o que as “pessoas de bem” fazem de mal, como seja uma discussão familiar em plena praça pública, com seres humanos que, vivem em barracas por não possuírem condições económicas para viver melhor.
É triste vivermos numa sociedade em que, as pessoas são catalogadas consoante o nível de vida que conseguem ter, consoante a viatura que conduzem ou o “título” que lhes é atribuído.
Viver em barracas é sinónimo de pobreza, de mau estar, de uma vida de sofrimento.
O “Pessoal das barracas” vive dessa forma porque, a riqueza que é produzida se encontra mal distribuída. Porque uns, os “espertos”, têm acesso a tudo, desde Escolas Privadas até à Saúde. O „Pessoal das Barracas“ não têm nada, muitas vezes nem um emprego como Servente de Obras ou Cantoneiro de limpeza.
São pessoas que, se portam “menos bem” em relação ao modo de comportamento instituído pela mesma sociedade, que, como uma sociedade esclavagista, leva à sua existência, pois não lhes é dada a oportunidade de estudarem, de terem um emprego onde aufiram um ordenado condigno, onde tenham acesso a condições de vida também elas condignas.
O “Pessoal das Barracas” vive de trabalho árduo que, muitos de nós não queremos, como seja as obras, as limpezas dos espaços frequentados pelos que os desconsideram, da pesca onde muitas vezes arriscam a vida. São explorados por gente sem escrúpulos que nem descontos para a segurança social lhes efectuam, trabalhando muitas das vezes mais de 10/12 horas por dia.
São SERES HUMANOS resignados à sua má sorte, que não dependerá só deles mas que, são eles que sofrem na pele.
Ninguém tem o direito de se considerar superior seja a quem for, por única e simplesmente usufruir de melhores condições de vida, de melhor educação, de “status”.
Dado que, segundo consta, os extremos tocam-se, no outro lado da corda temos o JET7 nacional.
Apesar de alguns “Jetsetianos” terem o intestino ligado directamente ao Cérebro, consideram-se “Ídolos” porque vivem de expedientes, de aparecerem em festas para petiscarem e serem vistos, aparecerem em revistas, alguns deles pagando para tal.
É gente que, tentam aparentar ter uma vida “superior” mas que, os únicos valores que apregoam são a vaidade e a inveja.
Esses sim, que aparecem em publico, nas revistas cor-de-rosa, falando mal uns dos outros, acusando-se mutuamente e discutindo em praça pública pormenores como as plásticas efectuadas, os amantes que tiveram, quantas vezes têm sexo por ano, a quantidade de Botox que utilizam, são mentes vazias e onde não existe qualquer tipo de sentimento, seja de solidariedade e/ou entreajuda, ou mesmo o respeito pelo próximo.


Carlos Gonçalves,
Alhos Vedros.

quinta-feira, agosto 10, 2006

 

L'infinit

Parce que un jour
Parce que l'amour
Parce que mes amis
Parce que l'esprit

Depuis qui toute a écrit
Depuis qui toute si a dit
Depuis qui a vénu la disencontre
Depuis qui arrivée le fin du monde

Je mon vais à changer
Je mon vais à parler
Je mon vais à l'écrire un poéme
Je mon vais à la même chose

Pedras d'el Rei
Agosto de 2006

quarta-feira, agosto 09, 2006

 

Let's get together !

Esta pequena animação destina~se a sensibilizar para o papel da música clássica junta com a imagem mas o seu significado é muito mais vasto.

terça-feira, agosto 08, 2006

 

Una chiquita Laura

Una laurita chica
qui todos los dias
mi vien a perguntar
lo qui quiero manjar

sus prietos ojos profundos
puertas qui si abren a otros mundos
vertiendo preciosas piedras
traziendo tiempos por detras de tiempos

bandejita de prata, calidas manos
logo mi libra el verbo
y facil mi tuerna el hablar
como si fuera un passarito a cantar

Pedras D'el Rei
8/8/06
(a una bonita chiquita del Uruguay)

segunda-feira, agosto 07, 2006

 

"The morning star"

The morning star is coming
on this place of grace
easy air envolves her
clear eyes around me

All she knows about the future
tomorrow is just a past
loveness is just over there
she never take a mistake

In a very secret way
maybe she gonna stay
some time with me
on our prayer mind

for a celtic girl
Agosto 2006

quinta-feira, agosto 03, 2006

 

A Ilha

-
Neste nobre estremenho lugar
onde vêm as águas do Tejo
trazidas pelo vaivém do mar
existe uma pequena vila
em si, tão só e tranquila
dando forma aos pensamentos
desde o princípio dos tempos.
-
Nesta vila há uma ilha
que a voz mansa dessas águas
chama de eterna maravilha,
num momento mais insensato
chamaram-lhe "Ilha do Rato",
mas eu nos meus sonhos a cores
chamo-lhe de "Ilha dos Amores".
-
Foi Ela que em tempos de outrora
sussurrou aos ouvidos do rei
que se tinha chegado a Hora,
sentira curiosidade ao pensar
em quais os caminhos do mar,
e o D. João I, também por causa do Dinis,
lá foi fazer o que Ela quis.
-
E à nossa Ilha em homenagem
o Camões escreveu um canto
deixou Pessoa uma mensagem
e um dia através Dela, por certo,
se há-de revelar o Encoberto
como nos contou com carinho
o bom amigo Agostinho.
-
Esta ilha tem uma vila
e esta vila tem um grupo
que vai em direcção ao Absoluto,
Ela em si lá vai estando
os amigos a vão rendilhando
e quem distraído passa
nem vê que Ela está cheia de Graça.
-
-
Do livro "Uma Ilha no Tecto do Mundo"
de Luís Carlos dos Santos

 
----------
---------------
---------------------
_""_
><><
---------------<>------------<>------------<>-------------<>-----------<>---------------
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~
~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~

terça-feira, agosto 01, 2006

 

Gostas de fazer Teatro?

É longa a tradição de
grupos teatrais na Sociedade
Recreio União Alhosvedrense.
Naturalmente
com interregnos mais ou
menos longos, vários foram
os períodos em que as
artes do palco fizeram
parte do quotidiano da
casa ao longo de todo o
século passado. A última
experiência que teve a
liderança do saudoso Lídio
Coelho, ocorreu há
duas décadas. È pois com
toda a alegria que vemos o
regresso desta actividade
aos espaços da nossa colectividade.
Por iniciativa do Sr.
António Teixeira que
aceitou o desafio apresentado
pelo presidente da
direcção, o Sr. Cândido
Dias Pereira, os nossos associados
voltam a ter à disposição
a possibilidade de
experimentarem fazer ou
muito simplesmente ver
teatro. Por agora estamos
no arranque, para o que já
se encontrou um pequeno
grupo de interessados
com quem o nosso animador
pensa poder vir a apresentar
publicamente pequenos
trabalhos. A ideia,
segundo o próprio, será
começar com textos simples
e pequenos, recaindo
a primeira escolha numa
peça de António Aleixo de
que a seu tempo daremos
mais novidades. Havendo
vontade e experiência suficiente,
daqui a uns meses,
os nossos associados
voltarão a poder desfrutar
o prazer de uma boa noite
teatral. Estamos pois de
bem hajam na boca para
todos os intervenientes e
aqui lhes desejamos a melhor
sorte e as maiores felicidades.
E o leitor se por acaso
tiver vontade de pisar um
palco, aproveite esta oportunidade
e dirija-se à “Velhinha”
onde facilmente
entrará em contacto com
os responsáveis e sem formalidades
especiais poderá
participar naquelas actividades.
Do que está para vir, a
seu tempo daremos notícias.
Do que então for
acontecendo, a imprensa
local se encarregará de os
manter a par.
A SFRUA está de volta
ao centro da vida cultural
da Vila e até do concelho.

Luis Gomes
Jornal "O Rio", 1 de Agosto de 2006

 

quinta-feira, julho 27, 2006

 

Cromoterapia



O ser humano e a natureza necessitam da luz do sol para viver. Sem luz não há vida e dessa maneira, o homem e a natureza recebem a luz solar e esta se decompõe em sete raios principais que são distribuidos por nossos corpos, físico e energético. Se houver desequilíbrio dessas cores, as doenças refletem-se no nosso corpo físico e adoecemos.
A Cromoterapia é uma ciência que usa a cor para estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções. É baseada nas sete cores do espectro solar e cada cor tem uma vibração específica, actuando desde o nível físico até os mais subtis. Através de suas cores energéticas, reestabiliza o equilíbrio do organismo, obtendo-se, portanto, a cura. No tratamento, podemos utilizar várias técnicas como fonte de cura ou harmonização: luz do espectro solar, luz de lâmpadas coloridas, alimentação natural, mentalização das cores e ainda contacto com a natureza.

Propriedades terapêuticas das cores

Vermelho: Dá energia e vitalidade. Estimula o sangue e liberta adrenalina. Combate resfriados sem febre. Dispensa o cansaço e ameniza dores reumáticas.

Alaranjado: Tonifica, combate a fadiga, estimula o sistema respiratório e fixa o cálcio no organismo. Aumenta o optimismo.

Amarelo: Estimula o sistema nervoso central, contribui para a regeneração de problemas ósseos, bom para prisão de ventre, potencializa o fósforo e o sódio. Estimula o intelecto.

Verde: Favorece o equilíbrio hormonal, estimula órgãos digestivos, tem acção refrescante e anti-infecciosa. Alivia a insônia.

Azul: Calmante, analgésico, indicado nas infecções com febre. Actua no sistema nervoso, vasos, artérias e todo o sistema muscular. Combate o egoísmo e traz a harmonia.

Anil: Acção coagulante. Actua diretamente na corrente sangüínea. Usado em casos de ferimentos e sangramentos em geral. Estimula os cincos sentidos e a intuição.

Violeta: Acção calmante e purificadora do sangue. Elimina toxinas e estimula a produção de leucócitos. Bom nos casos de pneumonia, tosse seca, asma, irritação da pele e dor ciática. Reduz medos e angústias, diminui a irritação.

(Tirado aqui e aqui.)

quarta-feira, julho 26, 2006

 

Barcos do Rio, nº7 - Luis Guerreiro


Bateira de Porto Brandão
(serviam para o transporte de pedra)

 
Alfabeto do amigo...
Amigo é aquele que
Beija ou abraça você com
Carinho e que
Deseja com
Entusiasmo sua
Felicidade.
Garante fidelidade para com você e é
Humilde.
Independente do que você é,
Joga tudo para o alto e
Larga mão da
Matéria e dos sentimentos ruins,
Naturalmente, para cumprir com sua
Obrigação e para
Proteger a quem lhe protege.
Quer bem a quem lhe quer,
Respeita seu
Silêncio, calado...
Transforma sua vida em uma
Única motivação para
Viver, e
Xingando, se preciso, e
Zangando quando necessário.

terça-feira, julho 25, 2006

 
Mensagem


"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." (Fernando Pessoa)

"Não podemos fazer muito sobre a extensão de nossas vidas, mas podemos fazer muito sobre a largura e a profundidade delas." (Evan Esar)

" Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente com que se expresse sua opinião...Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.

Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir... Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros." (Carlos Drummond de Andrade)

"Se você já se decepcionou com conflitos em suas relações com amigos ou com pessoas queridas, precisa compreender que cada relação é única. Para nos sentirmos satisfeitos, não precisamos ter relacionamento com todo mundo, e sim se alegrar com nossos relacionamentos felizes e administrar da melhor maneira possível os relacionamentos problemáticos." (Tamura,1997)

 

domingo, julho 23, 2006

 
Monty Python - International Philosophy

 
Por uma vereda
vão meninas à praia

por um atalho
se encurta o destino

por um carreiro
seguem muitos em fila

por um caminho
vou eu devagarinho,

cantando em voz alta
dos segredos que gosto.

sábado, julho 22, 2006

 

quinta-feira, julho 20, 2006

 

terça-feira, julho 18, 2006

 
"Nada de real pode ser ameaçado, nada de irreal existe[...]"

LA LUMIÈRE DU MONDE, Christian Bobin (I)


"É extremamente raro encontrarmos "alguém", quer estejamos em contacto com muita gente, quer sejamos aquilo a que se costuma chamar um solitário. A maior parte das pessoas torna muito difícil o encontro com elas porque não estão verdadeiramente no seu verbo ou porque estão sem alma. Eu concedo sempre ao outro o crédito da inacreditável novidade da sua existência, mas este crédito depressa se esgota se o outro desperdiça esta maravilha para se tornar como toda a gente. Como se fala com ninguém? É impossível. Às vezes, o desejo de partilhar é tão forte, que apesar de tudo eu faço uma tentativa, experimento a sorte, mas a maior parte das vezes em vão. As opiniões não me interessam. O que me sensibiliza é quando o outro coloca todo o peso da sua vida na balança das palavras e aí apoia o seu pensamento. Pela parte que me toca, às vezes tenho a impressão de ser completamente incapaz de amar, e, ao mesmo tempo, capaz de amar mais do que uma pessoa. Vejo muito pouca gente, mas sou capaz de estar indefinidamente com o outro, quando ele está presente. Quando nasci, apresentaram-me a ementa do mundo, e não havia nada comestível. Mas quando o outro está verdadeiramente comigo, eu posso comer: bebo um gole de ar, como uma colher de luz."[...]
(Extraído do Blog Risocordetejo de Risoleta Pinto Pedro)

Como diria Milene (personagem de Lídia Jorge no seu romance "O Vento Assobiando nas Gruas") "podemos sempre usar as palavras dos outros quando não sabemos dizer pelas nossas próprias".

Hoje iniciei um período de "luto".
Até qualquer dia.

M. João





 

Ser e Não Ser


“SER EM FORMA DE SER”

Ser.
Ausência, permanência, transparência
Forma física, espiritual
Cor, forma, peso e medida
Ser de realidade sentida.

Ser
Chuva, sol
Orvalho, nevoeiro
Manhã, tarde, pôr do sol
Parte de um todo, corpo inteiro.

Ser
Agir, reflectir, pensar
Usar, contrapôr, manusear.
Ser
Sentir, Omiscuir, decidir
Ser
Partir, chegar, desabafar.
Ser
Emoção, imulsão, transpiração
Ser
Sensível, promíscuo, decisivo
Falhado, realizado, intuitivo
Ser
Sem saber ser, a parte do ser que se é.

Zeca


“SER EM FORMA DE NÃO SER”

Saber ser a parte do ser que se é
Deixar de saber
Procurar e achar
Perder
Ganhar

Saber sempre ser a parte possível do ser que se é
Esquecer e não encontrar
Reencontrar o jeito de lá chegar
Silenciar

Saber ser o que se é
sendo sempre pouco,
sendo tanto

Saber que se é, não sendo.

Luis


("ser e não ser são a chave do ser", Agostinho da Silva)


O Ser e o Não Ser

NA subida bem sabida
PROCURA a alma a saída
DO cativeiro em que está.
VERDADEIRO ou sonhado,
SER, é ter realizado,
ESTÁ tudo certo afinal,
O que será difícil aceitar
NÃO for o ser a ditar:
SER(vindo) outros seres.

jm

 

Aventuras de um parafuso


 

Exigência mais elevada do espírito

corre pé

O mais alto objectivo da Arte é o que é comum à Religião e à Filosofia. Tal como estas, é um modo de expressão do divino, das necessidades e exigências mais elevadas do espírito
"Georg Hegel"

segunda-feira, julho 17, 2006

 
Caetano Veloso Sozinho

 
Trem das cores
Caetano Veloso

A franja da encosta cor de laranja
Capim rosa-chá
O mel desses olhos luz, mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam, madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo ficando pra trás da manhã
E a seda azul do papel que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto, explícito objeto
Castanhos lábios
Ou, pra ser exato, lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores, sábios projetos:
Tocar na Central
E o céu de um azul celeste celestial

domingo, julho 16, 2006

 

Resistir






sábado, julho 15, 2006

 

sexta-feira, julho 14, 2006

 

Foram-se os anéis

"Com dedos e bolos se enganam os tolos; Dedos de burro não chegam ao céu; Mais vale um dedo na mão que dois a voar; A dedo amigo não feches o postigo; Os dedos são para as ocasiões; Dedo que vai à frente alumia duas vezes."

 

MAIS ALGUMAS FOTOS

porta da catedral no castelo

desenhos feitos por Franz Kafka

ponte Carlos

café onde a bebida única e exclusiva é o absinto
(bebe-se absinto de todas as maneiras possíveis, desde com água pingada até
ao absinto admirado pelo poeta F.P com fogo)


estátua em homenagem de Franz kafka



sinagoga principal dos judeus em praga


escultura alusiva à vida (homem que carrega com a morte às costas

rua do ouro (mais conhecida pela rua dos archeiros a casa
azul foi onde franz kafka viveu a sua infância


instrumento com o qual foi construído o castelo

rio do diabo

edificio cubista

Zeca


quinta-feira, julho 13, 2006

 

VISITA A PRAGA "REPÚBLICA CHECA"

vista da praça central com torres da igreja ao fundo

igreja de St. Michael (esta igreja é toda em madeira
e foi colocada aqui por inteiro)


igreja de S. lourenço o mesmo padroeiro de A.VEDROS

rua do ouro

pormenor da catedral do castelo

mais um pormenor da catedral

Caros amigos aqui estão algumas fotos da minha visita a praga, peço desculpa pela qualidade de algumas, uma vez que foram tiradas por telemóvel

Zeca

quarta-feira, julho 12, 2006

 

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscrever Mensagens [Atom]

--> >